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Curiosidades

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  • Santo Padroeiro dos Pasteleiros – Santo Honório
  • Conta a Lenda, que quando foi ordenado Bispo, a sua ama, que na altura estava a cozer pão, não acreditou. Disse que apenas acreditaria se a pá que estava a usar ganhasse raízes e se transformasse numa árvore. Assim foi, a árvore transformou-se numa amoreira carregada de flores e frutos.

    Mas só no séc. XIII o santo foi associado aos padeiros e pasteleiros. Em 1202, Renaud Cherins (Padeiro) doou terras a Paris, para se construir uma capela em honra do santo.

    Em 1400 os Padeiros estabeleceram a sua guilda na igreja de Santo Honoratus, e fixaram a festa a 16 de Maio.

  • Origem do termo “Pastelaria” e os Pasteleiros
  • Remonta à França do séc. XV. Na idade média um pasteleiro era alguém que trabalhava com farinha e água, para fazer uma pasta.

    Tanto os pasteleiros como os padeiros faziam pão e tartes. Os pasteleiros só ganham a sua autonomia em relação aos padeiros, ao serem reconhecidos como classe em édito real em 1440.

    É-lhes atribuído o uso exclusivo de manteiga, do leite e dos na preparação das suas massas, assim como o privilégio de pesar o seu próprio trigo.

    Mas só nos séculos XVI e XVII, nasce a pastelaria moderna, realizada pelos mestres pasteleiros nas cortes Europeias.

  • Leonardo Da Vinci e a Pastelaria
  • Leonardo Recorria aos ingredientes da doçaria para o ajudar a reproduzir as suas visões arquitectónicas. Executava maquetas em massa de pasteleiros ou em gelatinas.

    Um dos seus feitos mais célebres, foi a reconstrução em doçaria de secções do palácio Sforza à escala real, para as celebrações do casamento do Duque de Milão com Batrice d’Este, em 1491.

  • Queque – “Rainha”
  • É tido como homenagem à Rainha Catarina de Bragança, de quem se diz ter trazido uma receita de bolo Inglês, quando regressou a Portugal no sec XVII.

    O nome é uma tradução directa do termo inglês cake. A sua forma lembra uma coroa de uma Rainha.

  • Bolo-Rei – Lenda
  • Carregado de simbologia, este doce representa os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus. A côdea (a parte exterior) simboliza o ouro; já as frutas secas e as cristalizadas representam a mirra; por fim, o incenso está representado no aroma do bolo.

    Os romanos costumavam votar com favas, prática introduzida nos banquetes das Saturnais, durante as quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também chamado Rei da fava.Como era característico do mês de Dezembro, a Igreja Católica passou a relacioná-lo com a Natividade e, depois, com a Epifania, ou seja, com os dias 25 de Dezembro e 6 de Janeiro.

    A influência da Igreja na Idade Média determinou a criação do Dia de Reis. O bolo-rei teria surgido no tempo de Luís XIV para as festas do Ano Novo e do dia de Reis. Vários escritores escrevem sobre ele, e Greuze celebrou-o num quadro, exactamente com o nome de Gâteau des Rois.

    Com a Revolução Francesa , em 1789, este bolo foi proibido. Só que os confeiteiros, passaram a chamar-lhe Gâteau des sans-cullottes.

  • Bolo-Rei em Portugal
  • Foi com a proclamação da República em 5 de Outubro de 1910 que o Bolo-Rei, quase desapareceu, tudo por causa da palavra “Rei”. Deram-lhe o nome de ‘ex-Bolo Rei’, Bolo de Natal ou Bolo de Ano Novo.

    A designação de bolo Nacional seria a melhor, uma vez que remetia para a confeitaria que o tinha introduzido em Portugal, e também por estar relacionado com o país o que ficava bem em período revolucionário.

    Não contentes com nenhuma destas ideias os republicanos mais radicais chamaram-lhe bolo Presidente até houve quem lhe chamasse bolo Arriaga.

  • Pastel de Nata - Origem
  • Reza a lenda que, tal como em relação a quase toda a outra doçaria tradicional portuguesa, a origem dos Pastéis de Belém terá sido uma receita conventual do vizinho Mosteiro dos Jerónimos.

    Com a revolução Liberal, em 1820, as ordens religiosas foram extintas em Portugal, e os seus conventos nacionalizados. Os trabalhadores laicos que lá viviam, entre eles os pasteleiros, foram arranjando emprego cá fora.

    Parece que o doceiro dos Jerónimos, detentor da preciosa receita, foi trabalhar para uma refinaria de açúcar das proximidades, e dentro de pouco tempo os “verdadeiros Pastéis de Belém” eram vendidos ao público.

  • Massa de Folhado – Origem
  • Dizem que ela foi desenvolvida pelo pintor de paisagens e aprendiz de confeiteiro, Claude Gellée, que viveu no século XVII.

    Outros estudos apontam que Feuillet, chef confeiteiro da casa de Condé (título atribuído a alguns dos representantes da mais alta aristocracia francesa) teria inventado a massa folhada no século XVIII. Porém, sua origem está em tempos mais remotos, e, Robert, Bispo de Amiens (1311) dispensa todas essas suposições.

    Entretanto, o estudo de documentos mais antigos indica que muito antes da Idade Média o preparo dessa massa já era de domínio dos Egípcios, Gregos e Romanos, que utilizavam o óleo no lugar da manteiga, para atingirem assim a delicadeza de uma massa leve composta de finíssimas folhas, e que ainda hoje dá origem à clássicas preparações.

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Mulher com Bolo