Mas só no séc. XIII o santo foi associado aos padeiros e pasteleiros. Em 1202, Renaud Cherins (Padeiro) doou terras a Paris, para se construir uma capela em honra do santo.
Em 1400 os Padeiros estabeleceram a sua guilda na igreja de Santo Honoratus, e fixaram a festa a 16 de Maio.
Tanto os pasteleiros como os padeiros faziam pão e tartes. Os pasteleiros só ganham a sua autonomia em relação aos padeiros, ao serem reconhecidos como classe em édito real em 1440.
É-lhes atribuído o uso exclusivo de manteiga, do leite e dos na preparação das suas massas, assim como o privilégio de pesar o seu próprio trigo.
Mas só nos séculos XVI e XVII, nasce a pastelaria moderna, realizada pelos mestres pasteleiros nas cortes Europeias.
Um dos seus feitos mais célebres, foi a reconstrução em doçaria de secções do palácio Sforza à escala real, para as celebrações do casamento do Duque de Milão com Batrice d’Este, em 1491.
O nome é uma tradução directa do termo inglês cake. A sua forma lembra uma coroa de uma Rainha.
Os romanos costumavam votar com favas, prática introduzida nos banquetes das Saturnais, durante as quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também chamado Rei da fava.Como era característico do mês de Dezembro, a Igreja Católica passou a relacioná-lo com a Natividade e, depois, com a Epifania, ou seja, com os dias 25 de Dezembro e 6 de Janeiro.
A influência da Igreja na Idade Média determinou a criação do Dia de Reis. O bolo-rei teria surgido no tempo de Luís XIV para as festas do Ano Novo e do dia de Reis. Vários escritores escrevem sobre ele, e Greuze celebrou-o num quadro, exactamente com o nome de Gâteau des Rois.
Com a Revolução Francesa , em 1789, este bolo foi proibido. Só que os confeiteiros, passaram a chamar-lhe Gâteau des sans-cullottes.
A designação de bolo Nacional seria a melhor, uma vez que remetia para a confeitaria que o tinha introduzido em Portugal, e também por estar relacionado com o país o que ficava bem em período revolucionário.
Não contentes com nenhuma destas ideias os republicanos mais radicais chamaram-lhe bolo Presidente até houve quem lhe chamasse bolo Arriaga.
Com a revolução Liberal, em 1820, as ordens religiosas foram extintas em Portugal, e os seus conventos nacionalizados. Os trabalhadores laicos que lá viviam, entre eles os pasteleiros, foram arranjando emprego cá fora.
Parece que o doceiro dos Jerónimos, detentor da preciosa receita, foi trabalhar para uma refinaria de açúcar das proximidades, e dentro de pouco tempo os “verdadeiros Pastéis de Belém” eram vendidos ao público.
Outros estudos apontam que Feuillet, chef confeiteiro da casa de Condé (título atribuído a alguns dos representantes da mais alta aristocracia francesa) teria inventado a massa folhada no século XVIII. Porém, sua origem está em tempos mais remotos, e, Robert, Bispo de Amiens (1311) dispensa todas essas suposições.
Entretanto, o estudo de documentos mais antigos indica que muito antes da Idade Média o preparo dessa massa já era de domínio dos Egípcios, Gregos e Romanos, que utilizavam o óleo no lugar da manteiga, para atingirem assim a delicadeza de uma massa leve composta de finíssimas folhas, e que ainda hoje dá origem à clássicas preparações.